Conheça o nosso Novo Curso MODULAR

A Escola FamiliacomVida tem uma GRANDE NOVIDADE para você que é profissional, estudante, que trabalha ou pretende trabalhar com casais e famílias.

Nosso Curso de Especialização Clínica em Terapia com Casais e Famílias foi totalmente remodelado e ampliado, podendo agora, ser cursado em MÓDULOS.

Você poderá escolher por qual dos 12 MÓDULOS deseja começar e depois, se quiser, poderá fazer outros módulos. Desta forma, estará livre para determinar a maneira mais interessante de cursar apenas o conteúdo que for do seu interesse.

VANTAGENS DESTE NOVO MODELO

– Módulos independentes

  • 01 módulo por semestre (06 encontros, 01 por mês)
  • Não precisa cursá-los na sequência
  • Você escolhe os módulos do seu interesse
  • Menor custo – você paga pelos módulos que quiser cursar

– Metodologia Proativa

  • Aprendizagem por meio de atividades, de forma investigativa, desafiadora e colaborativa
  • Aprendizagem baseada na solução de problemas
  • O aluno é protagonista do processo ensino-aprendizagem
  • O professor e facilitado que contribui para a resolução dos problemas propostos

– Você vai recebendo certificados segundo os cursos que for realizando.

  • Ao Final do primeiro módulo: Certificado de Atualização
  • Ao Final do segundo módulo: Certificado de Aperfeiçoamento
  • Ao Final do terceiro e quarto módulos: Certificado de Especialização
  • Para outros módulos, o ciclo de certificados, será reiniciado

TÍTULO DE CADA UM DOS MÓDULOS

Módulo 1

Terapia Familiar Sistêmica Breve

Módulo 2

Terapia de Casal: uma abordagem Sistêmica Breve

Módulo 3

Terapia Familiar com crianças e adolescentes: Uma abordagem Sistêmica Breve

Módulo 4

Genograma Familiar e Família de Origem do Terapeuta (FOT)

Módulo 5

Terapia sistêmica individual: soluções dos problemas pessoais e interpessoais a partir da família de origem

Módulo 6

Terapia do divórcio e recasamento: Como evitar as repetições indesejáveis?

Módulo 7

Família e escola: mediações e solução dos problemas escolares

Módulo 8

Aconselhamento sistêmico de casal e família: solução dos problemas que envolvem questões emocionais e espirituais

Módulo 9

Família e os transtornos psiquiátricos – uma abordagem sistêmica: prevenção, diagnóstico, tratamento e ressocialização

Módulo 10

Coodependência afetiva: aprendizagens e soluções eficazes nas famílias de origem

Módulo 11

Terapia Familiar e Doenças Relacionadas ao Trabalho: Prevenção, diagnóstico, tratamento e recuperação

Módulo 12

As fronteiras e as intersecções entre a Inteligência Artificial e Terapia Sistêmica Breve

Não perca tempo!

Aproveite essa oportunidade para fortalecer sua carreira, ampliando seus conhecimentos e melhorando consideravelmente os seus resultados.

Viver com freio de mão puxado ou na “banguela”?

Pessoas apegadas andam com o freio de mão da vida puxado, preferencialmente em “carros” de baixa cilindrada. Em outros momentos, “dirigem” carrões potentes, na banguela, sem usar os freios. Ou seja, em certas situações, têm bastante medo de ousar, lidar com novos desafios. Em outros, abusam dos apegos, justificando-os com o amar incondicionalmente os que estão ao seu redor.

As sementes dos medos ou abusos têm as mesmas raízes: a do apego a bens materiais e a pessoas, receio da entrega autêntica à vida, dificuldade de lidar com o desconhecido e diferente, até mesmo de mergulhar fundo nas relações pessoais e profissionais, com receio de perder o que conquistaram e construíram.

Com o passar do tempo, a vida dessas pessoas funciona como se fosse um filme passado em câmara lenta ou em alta velocidade. Isto ocorre à medida que vão deixando de exercitar os seus potenciais de criatividade e desenvolvem um modo de viver sem riscos ou, em determinadas situações, com risco total. É como uma aeronave que procura ficar abaixo do sinal do radar, para não ser vista pelo inimigo. Em outras palavras, pessoas que passam a vida usando suas capacidades criativas abaixo da média, com medo de fracassos e frustrações ou, em outras situações, que ultrapassam os limites de velocidade e altura, ameaçando a si mesmas e a terceiros.

Essas pessoas que usam esse modo de vida, e se justificam a partir das necessidades materiais, emocionais e as histórias que exeperenciaram na infância, adolescência e até vida adulta, são contaminadas pelos fantasmas das misérias materiais e emocionais. Por isso, se ancoram em crenças e nessas argumentações irracionais.

Por outro lado, o excesso de apego se inicia quando as pessoas se desconectam de suas emoções, deixando o carro “na banguela”, descendo ladeira a baixo, praticando excessos que asfixiam todos que convivem com elas. Maridos ou esposas possessivos e ciumentos, que usam de agressividades e hostilidade, por conta de um “amor infinito” que os levam a perder a cabeça, são exemplos típicos.

Outras, em nome de uma religião fundamentalista, matam por amor a um “deus” que lhes autoriza a cometer atrocidades, causadas pela fé cega e doentia, uma justificativa para seus atos irresponsáveis.

Torcidas organizadas, obcecadas pelos seus times, que lançam mão do fanatismo para transformar adversários no esporte em inimigos na vida, como se o campo de futebol fosse um campo de batalha.

Mães excessivamente apegadas aos seus filhos que se transfiguram em verdadeiras esposas apáticas, escondidas atrás de sua prole, com medo de perdê-la.

Políticos fascinados pelo poder que viram “químicos”, transformando dinheiro público em festivais de viagens, mansões, carros de luxos e outras mordomias.

Para pessoas assim, a justificativa quase sempre se repete: estão pensando no amanhã. No entanto, elas esquecem que o hoje e o agora são essenciais à sua sobrevivência e que, dessa forma, permanecem “congelados” em um passado, vivenciando um sentimento de inadequação praticamente permanente. Ou seja, “vendem a alma ao diabo”, que, no futuro, irá cobrar – e muito caro.

Ser apegado é ficar travado ao longo da vida, funcionando “meia boca”, desprezando o potencial de criatividade, de inventividade, deixando puxadas no “freio de mão” as oportunidades de sucesso.

Não se esqueça: esses modos de viver foram criados pelos “diabinhos internos” das histórias de cada um de nós.

Tem um velho ditado que diz “mais vale um pássaro na mão do que dois voando”. Eu, particularmente, prefiro os passarinhos que vivem livres, com autonomia e felizes. Quanto mais os vejo assim, mais compreendo que viver é a arte do equilíbrio entre aquilo que desejo para mim e o que sirva de referência saudável e harmônica na convivência com meu próximo.

Para saber se levamos nossa vida como um carro com freio de mão puxado ou ladeira abaixo é só verificar quanto de nossos projetos pessoais e profissionais não saíram do papel ou da mente por falta de nosso empenho e ousadia de tentar, porque colocamos na frente deles questões do passado não trabalhadas, que se transformam em verdadeiros “infernos particulares”.

Pense bem nisso!

Sebastião Souza
Psicoterapeuta de casais e de famílias

Depois do casamento a vida piorou… Será?

Entendemos como casamento toda forma de união que se baseia em admiração, amor e respeito. Uma instituição que tem sido pauta de muitas discussões, especialmente quando se torna ponte de conflitos, discórdias, separações e, em alguns casos, divórcios litigiosos, com prejuízos para ambos os cônjuges.

No tratamento terapêutico, faz parte do trabalho do profissional ajudar o casal a desconstruir crenças e mitos que reforçam uma vida a dois como algo insuportável, seja nas sessões durante o casamento ou pós-separação.

Estar casado nem sempre é uma opção. Pessoas casam por diferentes motivos, mas, neste texto, abordarei quando a união acontece em momentos de vida “cheios e vazios”.

O primeiro caso está relacionado a pessoas que se sentem realizadas profissionalmente, financeiramente, materialmente e, muitas vezes, intelectualmente. Sendo assim, sentem a necessidade de ter alguém para dar mais substância emocional à sua vida amorosa e afetiva.

Porém, esse tipo de escolha, para uma necessidade como esta pode ser um tiro no pé. Nem sempre a vida conjugal suprirá carências afetivas que a pessoa carrega consigo de outras experiências e situações de sua vida.

No outro caso, do momento “vazio”, optar pelo casamento pode ser altamente prejudicial. A pessoa, normalmente, está vivendo a angústia de uma perda, uma separação recente, o diagnóstico de doença grave, uma decepção amorosa, que a coloca em um estado depressivo, de origem familiar, pessoal ou profissional. De repente, no meio desse caos, surge alguém idealizado, o “salvador da pátria”. Acreditar que outro ser humano pode “salvar-nos”, quando nem mesmo conseguimos parar em pé, é como acreditar em contos de fadas.

Durante o trabalho terapêutico com casais, é de suma importância que os profissionais ajudem os cônjuges a compreender que a relação conjugal tem um primeiro estágio, o da “conquista”, no qual ambos expõem os pactos explícitos e conscientes. Em outras palavras, para conquistar alguém, precisamos apresentar o que temos de melhor, caso contrário, o outro não nos aceitará, afinal, todo mundo aprecia a “parte boa”, mas, na verdade, temos partes “boas e ruins”.

O segundo estágio da relação é a sua “manutenção”, o que torna a convivência mais complexa. Nesse momento, surgem os pactos inconscientes, o que não foi revelado, surgindo independentemente da vontade dos cônjuges. Nessa fase, os dois precisam se reinventar e recriar, pois a “manutenção” não depende só do relacionamento conjugal, mas, sim, daquilo que cada parceiro exercitou e desenvolveu na sua individualidade e, principalmente, a maneira como lidavam com o prazer e o lazer quando solteiros.

Lançar mão do casamento para se reinventar ou recriar é uma forma de onerar a relação das várias dificuldades que não foram elaboradas na família de origem, na infância, adolescência e vida adulta, antes da união. Fica relativamente mais confortável dizer que o casamento piorou a vida da pessoa. Difícil é identificar o que ela queria e como vivia quando solteira.

Se a pessoa nunca assumiu para si o “leme” de sua vida, não será o casamento responsável por desviar trajetórias de sua história pessoal, relacional, familiar e profissional. Provavelmente, antes da união, havia muitas pontas desconectadas.

Para quem sente que o casamento é um problema em sua vida, vale este exercício: crie uma linha do tempo bem detalhada, em que estejam identificados os acontecimentos da infância, adolescência e vida adulta, antes de casar. Acontecimentos que deixaram marcas positivas e aqueles que machucaram e não cicatrizaram ainda. Também assinale de que forma lazer e prazer foram vivenciados em cada etapa. Era uma pessoa criativa, que se doava? Ou esperava que as coisas acontecessem por si só?

Com esse resgate, é possível transformar o casamento em um excelente laboratório experimental e fraternal, tirando o parceiro do lugar de inimigo e propondo que ambos possam evoluir juntos, com aprendizados comuns e individuais.

Ainda é tempo de assumir o leme de sua vida. Afinal, “o caminho se faz caminhando”.
(Varela, 1970)

Sebastião Souza
Psicoterapeuta de casais e de famílias